Pular para o conteúdo

TOK de HISTÓRIA – ROSTAND MEDEIROS

Visitação

100 ANOS DO INÍCIO DO MITO DO PÉ GRANDE

Imagem 22/09/202422/09/2024TOK DE HISTÓRIADeixe um comentário

Rostand Medeiros – https://pt.wikipedia.org/wiki/Rostand_Medeiros

Para quem não conhece, o Pé Grande, Bigfoot em inglês, também comumente referido como Sasquatch, é uma pretensa criatura mítica grande e peluda, musculosa, bípede, semelhante a um macaco, coberta por pelos negros, castanhos escuros ou avermelhados, que alguns alegam habitar florestas na América do Norte, particularmente no noroeste dos Estados Unidos.

Essa criatura é frequentemente descrita como uma altura de aproximadamente 1,8 a 2,7 metros, com algumas descrições mostrando-os com altura de 3,0 a até 4,6 metros. O Pé Grande é destaque no folclore americano e canadense e tornou-se um ícone cultural, permeando a cultura popular e tornando-se objeto de sua própria subcultura distinta.

Bela paisagem no Parque Nacional de Yosemite, Estados Unidos – Fonte – https://blog.culturalcare.com.br/viagens-e-cultura/10-paisagensexpetacularesnos-eua

Uma História Antiga

O interessante e curioso dessa história é que muitas das culturas indígenas em todo o continente norte-americano possuem contos envolvendo misteriosas criaturas cobertas de pelos que viviam nas florestas, e de acordo com o antropólogo David Daegling, essas lendas existiam muito antes dos relatos contemporâneos da criatura descrita como Pé Grande. Essas histórias diferiam em detalhes regionalmente, mas eram particularmente prevalentes no noroeste do Pacífico. 

Na Reserva Indígena do rio Tule, no Condado de Talure, Califórnia, existe uma área com pinturas rupestres criadas por uma tribo chamada Yokuts, em um local conhecido como Painted Rock, que para muitos representa um grupo de Pés Grandes. A pintura é denominada “A Família”.

Acredita-se que essa pintura tenha mais de 1.000 anos e na cultura Yokut a maior figura da pintura representava o “Homem Peludo”, uma criatura que parecia um grande gigante com cabelos longos e desgrenhados, que o fazia parecer um grande animal. Para essa tribo eles eram considerados bons, pois comiam animais que poderiam prejudicar as pessoas. No ado os pais Yokut alertavam seus filhos para não se aventurarem perto do rio Tule à noite, ou eles poderiam encontrar a criatura.

Registro rupestre denominado “A Família”.

Exploradores espanhóis do século XVI e colonos mexicanos contaram histórias sobre os “Los Vigilantes Oscuros”, ou “Vigilantes das Trevas”, grandes criaturas que supostamente atacavam seus acampamentos à noite.

Em 1721, na região que hoje é o estado do Mississipi, um padre jesuíta morava com os índios Natchez e relatou histórias de criaturas peludas na floresta, conhecidas por gritarem alto e roubarem animais da tribo.

Em 1847, Paul Kane, um pintor de origem irlandesa e famoso por seus quadros que retrataram os nativos americanos, relatou histórias sobre os “Skoocooms”, uma raça de homens selvagens e canibais, que viviam no norte da Califórnia.  

Paul Kane em 1860 – Fonte – https://.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/97/Paul_Kane_1860s.jpg

Theodore Roosevelt, presidente dos Estados Unidos entre 1901 e 1909, relatou em seu livro The Wilderness Hunter, de 1893, que conheceu um idoso montanhês chamado Bauman, que lhe contou uma história sobre uma criatura bípede e fedorenta, que saqueou seu local de captura de castores e que em uma ocasião quebrou fatalmente o pescoço de um companheiro de caçadas. Roosevelt observou que Bauman parecia temeroso ao lhe contar essa história.

Na década de 1920, o agente indígena e professor J.W. Burns, que viveu e trabalhou com a nação Sts’ailes, foi quem primeiro divulgou o termo “Sasquatch”, que se acredita ser a versão anglicizada de sasq’ets, ou sas-kets, tradução aproximada para “homem peludo” na língua Halq’emeylem. Burns publicou em uma revista uma coleção de histórias narradas pelos nativos que afirmaram haver tido contatos com os Pés Grandes. Uma delas comentava sobre o encontro de um membro da tribo teve com uma mulher selvagem e peluda. Os relatos que Burns coletou informavam que esses animais sempre viviam nas montanhas, habitando predominantemente em túneis e cavernas. ​​Burns descreveu os Sasquatchs como “uma tribo de pessoas peludas”.

Pe Grande, parte da cultura norte-americana – Fonte – https://www.theflume.com/free_content/article_e757a892-ca23-11eb-a086-ffcd9430beeb.html

Ninguém sabe ao certo quando a lenda do Pé Grande do Noroeste realmente começou entre os indígenas, mas a plataforma de lançamento de maior sucesso para a obsessão do público é conhecida: uma batalha que supostamente ocorreu em 1924, na área de um desfiladeiro estreito chamado de Ape Canyon (Cânion do Macaco), que supostamente recebeu essa denominação depois do incidente que vamos descrever.

O Encontro com os “Homens-Macacos”

O Ape Canyon fica a cerca de três quilômetros a leste do majestoso Monte Santa Helena, um vulcão ativo localizado a leste do estado de Washington, e a cerca de doze quilômetros a oeste de um lago chamado “Espiritual” (Spiritual Lake), considerado assombrado pelos nativos americanos. Consta que supostamente eles não andavam muito nesse setor.

Quatro dos mineiros envolvidos no caso de 1924.

Foi nessa região que em julho de 1924 vamos encontrar um grupo de cinco mineiros trabalhando. Eles eram Fred Beck, o seu sogro Marion Smith, seu cunhado Roy (ou Leroy) Smith, além de Gilbert (ou Gabe) Lafever e John Peterson. Eles vinham da cidade de Kelso, no estado de Washington e localizada a cerca de 39 quilômetros de distância da região do Monte Santa Helena.

Já havia alguns anos que esses mineiros estabeleceram, inclusive registrando oficialmente, uma mina de ouro que eles chamaram de Vander White, onde só trabalhavam no local nos períodos em que a temperatura era ável. Ali, eles tinham basicamente explodido a rocha com dinamite e criado um túnel. Procuravam prioritariamente ouro, mas até então não tinham encontrado nada do metal precioso. Entretanto conseguiram manter o negócio funcionando com a retirada de minério de ferro e outros minerais.

Monte Santa Helena em foto recente – Fonte – https://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Santa_Helena

Segundo eles, a primeira coisa realmente estranha ocorreu no verão de 1922, quando encontraram algumas pegadas gigantescas na lama, perto de um riacho, afluente do Rio Lewis. As pegadas pareciam grandes impressões semelhantes às humanas e marcavam muito profundamente a lama. Os mineiros afirmaram que talvez aquilo fosse de algum nativo americano de grande estatura e que estava caçando ou pescando na área.

Tempos depois eles começaram a ouvir barulhos estranhos em torno da cabana. Eram sons altos e penetrantes de assobios, que emanavam dos topos das grandes elevações. Às vezes haviam vários assobios que pareciam responder um ao outro, depois começaram a ouvir durante o dia barulhos de batidas bem altos e eles não conseguiam descobrir o que eram essas coisas.

Foto de satélite da área hoje conhecida como Ape Canyon.

Para os pesquisadores que estudaram o caso esses sons poderiam ter se originado do interior do Monte Santa Helena, fruto de sua atividade vulcânica. Mas o Santa Helena estava inativo desde 1857 e só voltou a rugir, então de maneira espetacular e catastrófica, no dia 18 de maio de 1980, quando ali aconteceu aquela que é considerada a maior erupção vulcânica em tempos históricos nos Estados Unidos e resultou na morte de 57 pessoas.

De qualquer maneira os barulhos estranhos e as enormes pegadas chamaram a atenção daqueles rudes e esforçados mineradores. Logo eles souberam no comércio de Kelso e na vizinha comunidade de Longview, que estava acontecendo situações estranhas, ligadas a criaturas esquisitas na área do Monte Santa Helena. E não eram histórias muito antigas dos nativos americanos, mas vinda de mineiros e madeireiros que trabalhavam naquele setor. Falavam do avistamento de certos “Demônios da montanha”, ou coisas que pareciam com “Gorilas”, ou “Grandes macacos peludos”. Mas a verdade é que os cinco trabalhadores da mina de Vander White não deram muita importância a essas histórias. Talvez porque entre eles o que não faltavam eram rifles, espingardas, revólveres e muita munição.

Consta que em 1º de julho de 1924, quando Fred Beck estava junto com seu sogro Marion Smith em um local nas proximidades da mina para obter água, eles viram uma criatura espiando por trás de uma árvore. Fred a descreveu tendo cerca de dois metros de altura e estimou seu peso em torno de uns 350 quilos. Era coberta de pelos castanho escuro e com um tom acinzentado, além de um rosto parecido com um macaco. Foi quando Marion disparou três tiros na cabeça da coisa. Mas, para surpresa dos mineiros, o bicho começou a fugir e desapareceu na mata.

Rifle Winchester calibre 30-30.

O Ataque e a Investigação

Na sequência eles alegaram que estavam a 13 quilômetros de Spirit Lake, quando encontraram quatro daqueles estranhos e gigantes animais se movendo pela floresta com os eretos, semelhantes aos humanos. “Eles são cobertos por longos cabelos pretos”, relatara ao jornal The Oregonian, informando as descrições oferecidas pelos homens. “Suas orelhas têm cerca de dez centímetros de comprimento e ficam retas. Eles têm quatro dedos, curtos e atarracados.”

Surpreso ao ver as enormes feras, Fred Beck disparou seu rifle Winchester calibre 30-30 contra uma das criaturas que foi atingido três vezes. O animal ferido caiu então em um penhasco (Beck teria afirmado anos depois que outro membro do grupo também abriu fogo).

Representação dos disparos contra o Pé Grande e sua queda.

O certo é que toda aquela violência provou ser um erro!

Naquela noite, disseram os homens, eles foram acordados quando pedras enormes começaram a bater na parte externa de sua cabana. Então ouviram — e sentiram — corpos gigantes batendo contra as paredes e a porta. Parecia que aqueles “homens-macacos” estavam em busca de vingança.

As feras eventualmente abriram um buraco no telhado, permitindo-lhes atingir Beck. “Muitas das pedras caíram por um buraco no telhado, e duas delas atingiram Beck, uma delas deixando-o inconsciente por quase duas horas”, relatou um dos mineiros ao The Oregonian.

Finalmente, disseram os garimpeiros, o sol começou a nascer, o que fez com que os animais interrompessem o ataque e fugissem. Os homens enfiaram a cabeça para fora da porta e, quando decidiram que o caminho estava livre, saíram correndo da floresta.

Representação do suposto ataque das feras.

Como comentamos anteriormente, lendas e histórias sobre “homens-macacos” gigantes não eram exatamente novos naquela região. Mas poucas pessoas se preocupavam seriamente com a possibilidade de criaturas enormes e desconhecidas estarem na floresta. Isso mudou quando os mineradores da mina Vander White regressaram à civilização naquele verão de 1924.

A dramática história da sua batalha contra grandes feras semelhantes a humanos era irresistível e, portanto, difícil de ser ignorada pelas pessoas. Disseram que aqueles garimpeiros saíram verdadeiramente cambaleando da floresta, tremendo e com os olhos vidrados, para contar sobre animais parecidos com macacos com mais de dois metros de altura que os atacavam com pedras.

Com as notícias causando sensação local, o Serviço Florestal dos Estados Unidos decidiu entrar no circuito. Os investigadores J.H. Huffman e William Welch voltaram ao local e caminharam pela floresta com Beck, que os levou até o penhasco onde, segundo ele, o “homem-macaco” caiu ferido. Um dos guardas florestais desceu o desfiladeiro, supostamente inível, e “não encontrou absolutamente nada”, escreveu o The Oregonian.

Beck e os guardas continuaram até a cabana dos garimpeiros e este Beck mostrou aos investigadores as grandes pedras que haviam sido usadas no ataque. Huffman e Welch não ficaram nem um pouco impressionados com o que viram e concluíram que os próprios garimpeiros colocaram as grandes pedras no telhado e criaram todo o cenário. Só que os dois investigadores não explicaram para que eles fizeram tudo isso!

Roy Smith e Fred Beck em foto de jornal com seus rifles.

Um repórter perguntou aos guardas-florestais quando eles retornaram a Kelso “– E as pegadas de 14 polegadas encontradas perto da cabana?”. Huffman então criou uma marca no chão usando os nós dos dedos e a palma da mão direita. “Eles foram feitos dessa maneira”, disse ele.

Apesar do desmascaramento da história pelos guardas, as pessoas ainda queriam acreditar naquele estranho episódio – e a história continuou a se espalhar. Mais tarde o The Oregonian publicou – “Amigos e conhecidos dos cinco homens que relataram suas experiências acreditam que eles realmente viram algo que não pôde ser explicado”.

O membro da tribo Cowlitz, Frank Wannassay, contou a um repórter sobre “criaturas peculiares” das quais os mais velhos da tribo sempre falavam. “O Senhor Wannassay os descreveu como tendo entre dois e três metros de altura, corpos cobertos por cabelos longos”, escreveu o The Oregonian. A reportagem continuou: “Eles nunca foram vistos durante o dia”. Wannassay insistiu que esses animais eram “inofensivos”.

Crescimento do Mito

Nos anos que se seguiram a história dos garimpeiros seria repetida inúmeras vezes, inspirando vários avistamentos, teorias sobre as feras e muitos relatos que só fizeram o mito crescer.

Um dos aspectos desse crescimento tem relação com o fato das mortes prematuras dos mineiros que sobreviveram ao incidente. Elas aconteceram poucos anos após o incidente e são tidas como misteriosas. Mas até onde eu pesquisei dois deles se afogaram em um eio de barco e os outros aparentemente pereceram de mortes naturais. Nada de incrível quando sabemos a época e o local agreste onde eles viviam!

Um idoso Fred Beck segura o mesmo rifle Winchester 30-30 utilizado no caso de 1924 durante uma entrevista.

Ao longo dos anos, o único sobrevivente do caso, o mineiro Fred Beck, se tornou ministro evangélico e até escreveu um livro sobre o episódio ocorrido nas proximidades do Monte Santa Helena. Nesse livro ele realmente retrata os incidentes de forma bem diferente, afirmando que os tais “homens-macacos” não eram criaturas reais, de carne e osso, mas “espíritos ou demônios ou algum outro tipo de entidades sobrenaturais e é por isso que eles não poderiam ser baleados corretamente e mortos”. Beck também afirmou que “mantinha comunicações telepáticas com as criaturas e havia outros espíritos que apareciam para ele”.

Capa do livro de Fred Beck.

Houve até outro caso estranho na região. Em 1950, um esquiador chamado Jim Carter fazia parte de um grupo com cerca de 20 pessoas que subiram nas encostas do Monte Santa Helena para esquiar. Só que Carter decidiu que não iria seguir o resto do grupo e foi por outra parte das encostas para que ele pudesse realizar uma boa esquiada e bater algumas fotos. Essa foi a última vez que seus amigos viram Carter.

Considerada a melhor evidência dos Pés Grandes, a filmagem Patterson-Gimlin chama atenção a mais de meio século. A questão que perdura é se é um grande símio desconhecido da ciência, ou um homem fantasiado?

Conforme ele demorava a chegar em uma área anteriormente combinada o grupo foi em sua busca. Chegaram a encontrar suas marcas de esqui morro abaixo e parecia para eles que a trajetória de sua corrida fosse um tanto frenética, como se algo estivesse lhe perseguindo. Encontraram também um recipiente de filme fotográfico vazio e suas marcas de derrapagem desapareceram de repente na borda de um penhasco íngreme. Houve uma enorme operação de buscas por Jim Carter, mas ele desapareceu completamente e nada mais foi encontrado. Esse provável acidente só ajudou no crescimento da casuística do que aconteceu com os mineradores em 1924.

Outro aspecto ligado à história do Ape Canyon foi que em 2013 um investigador empreendedor chamado Mark Marcel, pretensamente encontrou o local onde a cabana estava localizada. Mark descobriu a localização através de uma pesquisa em diferentes artigos de jornais e outras pistas em documentos antigos. O local estava localizado ao lado de um desfiladeiro de parede muito íngreme, acima do desfiladeiro dos macacos. Quando ele desceu ao local encontrou restos da construção, velhas ferramentas, pregos enferrujados e outras pistas que corroboravam o fato da localização da cabana. Ao longo dos anos outros investigadores estiveram no local.

Fred Beck e seu rifle.

Atrações Turísticas

Entusiastas do Pé Grande, como aqueles da pseudociência da criptozoologia, ofereceram várias formas de evidências duvidosas para provar a existência desses animais, incluindo alegações de avistamentos, bem como supostas fotografias, gravações de vídeo e áudio, amostras de cabelo e moldes de grandes pegadas.

No entanto, o consenso científico é que o Pé Grande, e as supostas evidências, são, em vez de um animal vivo e desconhecido, uma combinação de folclore, erro de identificação e pura e simples farsa.

O ecologista Robert Pyle argumenta que a maioria das culturas tradicionais tem relatos de gigantes semelhantes aos humanos em sua história popular, expressando a necessidade de “alguma criatura maior que a vida”. Cada idioma tinha o nome da criatura apresentada na versão local de tais lendas. Muitos nomes significam algo como “homem selvagem” ou “homem peludo”, embora outros nomes descrevessem ações comuns que ele realizava, como comer mariscos ou sacudir árvores.

Representação do interior da casa dos mineiros, referente ao caso de 1924, existente em um museu.

O folclore europeu tradicionalmente tinha muitos exemplos do “homem selvagem da floresta”, ou “gente selvagem”, muitas vezes descrito como “uma criatura nua, coberta de pelos “. Esses povos selvagens europeus variavam de eremitas humanos a monstros semelhantes a humanos. Após a migração para a América do Norte, os mitos das “pessoas selvagens” persistiram.

Não podemos esquecer que os estadunidenses são especialistas em “turistificar” basicamente tudo envolve sua História e os aspectos de sua grande nação e, com isso, gerar bastante renda com a criação de atrações. Sendo assim, não é de estranhar que as áreas onde supostamente esses Pés Grandes deixaram suas marcas, sejam repletas de museus, lojas de suvenires e locais de visitação para levar os turistas aonde eles pretensamente apareceram.    

FONTES

https://www.chronline.com/stories/how-a-1924-bigfoot-battle-on-mount-st-helens-helped-launch-a-legend,19803
https://en.wikipedia.org/wiki/Bigfoot

Compartilhe isso:

  • Compartilhar
  • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook
  • Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir
  • Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela) E-mail
  • Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+
  • Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn
Curtir Carregando...
Fatos Internacionais, História1721, 1847, 1857, 1893, 1901, 1909, 1920, 1922, 1924, 1980, A Família, Agente indígena, América do Norte, Animal vivo, Antropólogo, ANTROPOLOGIA, Ape Canyon, Atacavam, Ataque, Atrações, Atrações Turísticas, Avistamentos, Ícone cultural, Índios Natchez, Bigfoot, Caça, Caçada, Cabana, Cabelos desgrenhados, Califórnia, Canada, Canadense, Canibais, Canibal, cavernas, Cânion do Macaco, Colonos mexicanos, Condado de Talure, Consenso científico, Continente norte-americano, Contos, Criatura, Criatura bípede, Criatura mítica, Criaturas, Criaturas peludas, criptozoologia, Cultura Popular, Cultura Yokut, Culturas indígenas, Culturas tradicionais, David Daegling, Demônios da montanha, Departamento Federal de Investigação, Desconhecido, Desfiladeiro, Ecologista, Eremitas, Erupção vulcânica, espingardas, Esquiador, Estados Unidos, Estadunidenses, Europeus, Exploradores espanhóis, Farsa, Floresta, Folclore americano, Folclore europeu, Fotografias, Fred Beck, Gabe Lafever, Gente selvagem, Gigante, Gigantes, Gilbert Lafever, Gorilas, Grande animal, Grande nação, Grandes criaturas, Grandes elevações, Grandes macacos peludos, Gravações de áudio, Gravações de vídeo, Halq'emeylem, HISTÒRIA, História Antiga, História popular, Homem Peludo, Homem selvagem da floresta, Homens selvagens, Homens-Macacos, Humanos, Indígenas, Investigação, Investigadores, J.H. Huffman, J.W. Burns, Jim Carter, John Peterson, Kelso, Lama, Lenda do Pé Grande, Lendas, Leroy Smith, LIVRO, Lojas de suvenires, Longview, Los Vigilantes Oscuros, Macaco, Madeireiros, Marion Smith, Mark Marcel, Mata, Membro da tribo, Metal precioso, Migração, Mina de ouro, Minério de ferro, Mineiros, Mineral, Mississipi, Misteriosas criaturas, Mito, Monstros, Montanhas, Montanhês, Monte Santa Helena, Mulher selvagem, Munição, Museus, Nativo, Nativos americanos, Noroeste, Noroeste do Pacífico, Noroeste dos Estados Unidos, Objeto, Ouro, Padre jesuíta, Painted Rock, Paul Kane, PÉ GRANDE, Pegadas, Pegadas gigantescas, Pelos avermelhados, Pelos castanhos escuros, Pelos negros, Peluda, Pesca, Pesquisadores, Pessoas peludas, Pessoas selvagens, Pintor. Irlandês, Pintura, Pinturas rupestres, Povos selvagens, Presidente dos Estados Unidos, Professor, Pseudociência, Raça, Região, Registros Rupestres, Relato, Relatos, Relatos contemporâneos, Reserva Indígena, Reserva Indígena do rio Tule, Revólveres, Riacho, Rifles, Rio Lewis, Rio Tule, Robert Pyle, Roosevelt, Roy Smith, Santa Helena, Sas-kets, Sasq'ets, Sasquatch, Sasquatchs, Século XVI, Serviço Florestal dos Estados Unidos, Situações estranhas, Skoocooms, Spiritual Lake, Sts'ailes, Subcultura, Supostas evidências, Tempos históricos, The Family, The Oregonian, The Wilderness Hunter, Theodore Roosevelt, Tribo, Tribo Yokuts, Turistas, Turistificar, Vander White, Vigilantes das Trevas, Visitação, Vulcânica, Vulcão, Washington, William Welch, Yokut

VERÍSSIMO DE MELO APRESENTAVA NATAL AOS TURISTAS – E QUEM AQUI VIVIA ERA FELIZ E NÃO SABIA!

Imagem 10/01/202310/01/2023TOK DE HISTÓRIADeixe um comentário

48 anos depois da publicação desse interessante texto, foram tão intensas e drásticas as alterações e mudanças que aconteceram na capital potiguar, que só resta daquela cidade o que existe nos registros e nas memórias daqueles que a conheceram.

Apresento-vos Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. É a ponta mais avançada da América do Sul para dentro do Atlântico, situação geográfica que lhe proporcionou, durante a última Grande Guerra, a denominação histórica de “Trampolim da Vitória”. Porque daqui partiram as tropas e “Fortalezas Voadoras” para a invasão da África e, posteriormente, da Europa. Sua importância estratégica, pela maior aproximação com a costa da África, é reconhecida universalmente. Daí ser sede, ainda hoje, de duas poderosas bases aérea e naval brasileiras.

Veríssimo de Melo – Fonte – https://papocultura.com.br/tag/verissimo-de-melo/

No entanto, no ado, Natal já foi chamada, por um dos nossos poetas, Ferreira Itajubá, de “um vale ameno entre coqueiros“. Pela sua amenidade de clima e estar situada entre o Rio Potengi e o Atlântico, com as praias orladas de coqueiros.

Neste 1975, com seus trezentos e tantos mil habitantes, fundada por colonizadores portugueses, no Século XVI, (1599), Natal é cidade velha que se moderniza rapidamente. Suas ruas e avenidas largas, lindas praias, a incrível luminosidade tropical, a brisa constante e doce que sopram do mar, a temperatura oscilando entre 27 e 30 graus centígrados, tudo isso faz desse recanto um dos pontos mais saudáveis e atraentes do Nordeste brasileiro.

O FORTE DOS REIS

Ainda hoje não existe acordo entre os nossos historiadores a respeito do legítimo fundador da cidade do Natal. Para uns, teria sido o colonizador Manoel Mascarenhas Homem, Capitão-Mor de Pernambuco, que veio do Recife (1597) fundar um forte na confluência do Rio Potengi com o Atlântico, a fim de proteger a terra e combater os corsários ses, que traficavam com o pau-Brasil. Outros entendem que o fundador teria sido Jerônimo de Albuquerque, o primeiro comandante do Forte dos Reis, enquanto outros estudiosos ainda se fixam no nome de João Rodrigues Colaço, lugar-tenente de Jerônimo de Albuquerque, pelo fato de, no ano de 1599, Jerônimo se achar na Europa.

Há quem sustente, bisantinamente, que Mascarenhas Homem, fundando o forte, não fundou a primeira povoação. Esta surgiria depois. Argumentamos: Se o forte, o primeiro núcleo de população, era e é a porta da cidade do Natal e foi por ele fundado, por que ir procurar um segundo fundador para a primitiva aldeia? Por isso, nos arrimamos entre aqueles que sustentam a tese de Mascarenhas Homem. E a mais racional e mais de acordo com a documentação histórica.

Interior da Fortaleza dos Reis Magos.

Na verdade, Mascarenhas Homem fundou um fortim de madeira, provisório. A atual Fortaleza dos Reis Magos foi iniciada a 6 de janeiro de 1598, daí o seu nome, no dia de Reis, sendo concluída já no Séc. XVII. (1614). É sólida e bela construção militar, ainda bem conservada, considerada, no gênero, um dos mais importantes monumentos arquitetônicos do País. Visitá-la é algo indispensável a todos que vêm à cidade, sendo tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional De lá descortina-se panorama de indizível beleza local, ao longo das praias e do casario da cidade.

O NATALENSE

O natalense, dizem os visitantes, é dos mais hospitaleiros entre todos os nordestinos. Povo extrovertido. bom, aberto a tudo e a todos, recebe sempre bem e paga para fazer favor a um turista.

Nas suas origens, naturalmente, é português, índio e negro. Talvez o tipo físico predominante seja a mistura de lusos e índios ou descendentes. A percentagem de negros é mínima na população. Explica-se: Natal não foi porto de desembarque de escravos africanos. A população de cor no Estado, descende de negros que vieram de Pernambuco, nos primeiros séculos, para os engenhos de açúcar. Pequena, portanto, desde que pequeno era o número dos nossos engenhos.

o a Ponta Negra na década de 1970.

Há, no Seridó, região de pecuária, minérios e algodão de fibra longa, a predominância de um tipo físico que se destaca dos demais: São indivíduos altos, brancos, louros, olhos azuis, de compleição robusta. Ingenuamente, diz o povo que são descendentes de holandeses, ou flamengos…

Nada disso. Sabemos, historicamente, que são descendentes de portugueses do norte de Portugal, o tipo ali característico em relação aos lusos do sul, mediterrâneos. Em Natal, não há presença ponderável de indivíduos de outras etnias, como se observa no Sul do Brasil. Portugueses natos, atualmente, talvez se conte uma dúzia. Norte-americanos, em trânsito, sempre existe. Alemães, italianos, japoneses, espanhóis, só um ou outro perdido no meio do natalense. Os sírio-libaneses, descendentes em sua maioria, constituem o maior número de indivíduos originários de outras etnias e residentes no Estado.

ARQUITETURA E ATRAÇÕES

A cidade do Natal nasceu, como é da tradição portuguesa, em torno da capela (hoje, matriz), o cruzeiro, a praça e os edifícios públicos e residências particulares em torno. Assim surgiram igualmente as cidades mais prósperas do interior do Rio Grande do Norte.

Ao lado da matriz de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da cidade, lá está o Palácio do Governo, imponente prédio colonial, de 1868. A Prefeitura, já descaracterizada, o velho edifício onde tem sede a Guarnição Militar de Natal, a Igreja de Santo António, mais linda fachada barroca da cidade, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, mais modesta, e o único sobradinho colonial, à Rua da Conceição, onde a Fundação José Augusto instalou um museu histórico e artístico, digno de visitação, constituem o melhor que ainda nos resta do ado da cidade.

Palácio Filipe Camarão, sede do poder executivo municipal de Natal.

es anteriores praticamente arrasaram com a velha arquitetura colonial, – herança portuguesa na nossa cultura. Em sua maioria, os edifícios públicos modernos deixam muito a desejar do ponto de vista arquitetônico. O conforto interno, as elegantes instalações contrastam com a pobreza de suas fachadas simplórias. Saliente-se que esse não é apenas um mau natalense. É brasileiro. A pretexto de uma chamada arquitetura moderna, destruíram quase tudo que havia de mais característico na velha arquitetura colonial. Raras capitais como Recife, Salvador, São Luiz e cidades do interior mineiro e maranhense ainda conservam um bom patrimônio, graças, sobretudo, à vigilância enérgica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que não permite reformas modernizantes.

Se há algo que o turista, vindo a Natal, não pode deixar de ver é a velha Fortaleza dos Reis Magos. Aconselharíamos, também, uma visita à Vila Flor, próximo a Canguaretama, para apreciar a beleza da Casa da Câmara e Cadeia do Séc. XVIII, agora restaurada pelo IPHAN. Também seria imprescindível uma visita ao nosso estádio de futebol, em dia de grande jogo. O Campus da Universidade, fundado em 1972, é outro recanto que precisa ser visto Ali está a semente da grande universidade do futuro. O Museu “Câmara Cascudo” oferece ao visitante uma visão de conjunto dos aspectos mais importantes da antropologia, geologia e paleontologia norte-rio-grandenses.

Campus Universitário da UFRN em Natal no ano de 1972.

BARES E RESTAURANTES

A grande atração da cidade reside nas suas praias de águas verdes e temperatura sempre amena. Seus nomes são pitorescos: Praia do Meio, Areia Preta, Ponta Negra, Pirangi, Redinha, Genipabu, as duas últimas do lado norte do Rio Potengi. Praias do Meio e Areia Preta, banhando a cidade, tem ainda denominação setoriais: É Praia do Forte, ao lado do velho monumento; Poço do Dentão, defronte ao hotel da cidade, o “Hotel Internacional dos Reis Magos”; e “Miami Beach”, a praia preferida pelos norte-americanos durante a guerra. 

Praia de Pirangí em 1972.

Aí estão situados alguns dos bares e restaurantes mais movimentados de Natal, principalmente à noite. São eles, atualmente, o “ão”, O “Brazeiro” e o “Saravá”, – os locais onde a moçada se reúne para bebericar e curtir a boa vida. Entre os restaurantes típicos, os visitantes não podem deixar de frequentar a “Carne Assada do Lira” e a “Peixada da Comadre”, ambos no bairro das Rocas. Ali também há um restaurante gostoso, “A Rampa”, dos oficiais da Aeronáutica, mas aberto ao público. Ainda na beira do rio, há um barzinho, o “Brisa del Mare”, onde Glorinha Oliveira, a maior cantora da cidade, sempre está cantando.

Na Cidade Alta, o turista não pode deixar de conhecer o “Granada Bar”, do espanhol Nemésio, onde se pode comer a melhor lagosta ao vinagrete da cidade. Outros restaurantes e bares de boa frequência são o “Kasarão”, o “Xique-Xique” e o “Casa Grande”, o mais novo. 

A melhoria das estradas interestaduais na década de 1970 ajudou a incrementar o turismo regional no rio Grande do Norte.

Mas, quem tiver disposição e gosto, é só tocar o carro em direção à praia de Ponta Negra e conhecer as boates da cidade, ao longo da estrada. O ponto mais tranquilo, para uma temporada de férias, é a “Casa de Hóspedes”, em Ponta Negra, um sítio à beira do mar, diante das dunas.

E quem gosta de recanto primitivo, onde a civilização ainda não chegou, é enfrentar as estradas que levam à praia de Genipabu, de morros carecas, jangadas e coqueiros sobre as dunas.

COSTUMES E TRADIÇÕES

O folclore natalense é essencialmente português, ao lado de contribuições negras e indígenas.

Quem se der ao trabalho de pesquisar as origens das manifestações folclóricas nordestinas, como já o fizemos, em vários aspectos, constatará que setenta por cento das nossas tradições e costumes são de raízes lusas. Provérbios, adivinhas, cantigas de roda, superstições, contos populares, romances, cantigas de viola, autos e bailados, quase tudo é português em suas origens, embora com as adaptações e acréscimos da população nativa brasileira.

Sociedade de Danças Antigas e Semidesaparecidas Araruna, mais conhecida como Araruna, é um tradicional grupo de dança folclórica de Natal.

Durante a última guerra, sofremos influências dos norte-americanos, que aqui transitaram aos milhares. Influências na indumentária e expressões populares. Com o advento da televisão, claro, estamos sofrendo influências de todo o mundo. Muito mais do que tudo aquilo que, durante várias décadas, recebíamos por intermédio do cinema, rádio, jornais e revistas. Apenas um exemplo: Os jovens natalenses de hoje, moças e rapazes, não diferem, em coisa nenhuma, dos jovens do Rio e São Paulo. E a chamada geração “pra-frente”, de indumentária comum a homens e mulheres (unisex), – os rapazes de barba e cabelo longos, calças apertadas, sem bolsos, camisas de mil cores e sapatos enormes, cintos gigantescos. A linguagem dos jovens é algo inusitado para os mais velhos: “Estou grilado (apaixonado): E um pão (irresistível!): estou na fossa (triste): bacana (coisa boa, serve pra tudo), etc.

ATIVIDADES CULTURAIS

Antes da Universidade, as instituições de cultura de Natal se resumiam ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e à Academia Norte-rio-grandense de Letras, esta última fundada por Luís da Câmara Cascudo. Os jovens valores da época, não encontrando oportunidades para permanecer no Estado, estudavam noutras terras e logo depois de formados arribavam.

A Universidade teve o mérito de oferecer campo de trabalho para fixar a maior parte da mocidade norte-rio-grandense, hoje integrando, como professores e noutras funções técnicas, faculdades, institutos, escolas, clínicas e demais serviços.

“Miami Beach”, a praia preferida dos americanos em Natal, durante a Segunda Guerra.

A Escola de Música da UFRN prepara uma nova geração de músicos e professores e há crescente interesse dos jovens pela organização de conjuntos musicais, especialmente os da chamada “música-jovem”, na base de guitarras e ritmo, jovens compositores e instrumentistas estão aparecendo nos programas da TV-Universitária e espetáculos teatrais.

Em Natal, no aspecto musical, há curiosidade que poucos observam: Quase todos os jovens tocam ou acompanham o violão, alguns excelentemente. Casa sem violão, na cidade, não é frequentada por jovens: Daí a nossa surpresa, na Filadélfia, nos Estados Unidos, ao pedir um violão para matar saudades, e quase numa rua inteira de belo está bairro residencial, constatar que ninguém ali possuía uma só guitarra…

Aspecto também digno de relevo foi o aparecimento recente, em Natal, de uma floração de artistas plásticos. Os pioneiros foram Newton Navarro (pintor e desenhista) e Dorian Gray Caldas, (pintor e tapecerista). Com o surgimento de laponi Araújo (pintor ingênuo) e descoberta de Maria do Santíssimo (pintora primitiva) e Manxa (entalhador), dezenas de jovens artistas foram repontando, alguns de méritos incontestáveis.

Praia de Ponta Negra e as dunas onde atualmente se encontram os melhores hotéis de Natal, na área da Via Costeira.

Um trabalho de talha recente, de Manxa, na agência do Banco do Brasil em Natal, tomando toda uma grande parede, talvez de vinte metros, está sendo apreciado como obra monumental, tanto pelas proporções quanto pela expressão vigorosa e motivação de fontes populares.

No campo propriamente da arte popular, dois nomes ainda sobressaem na cidade: O de Xico Santeiro, escultor em madeira, já falecido, que espalhou Cristos e cangaceiros por centenas de residências e repartições públicas; e o de Luzia Dantas, eximia escultora. Esta última, residindo em Currais Novos, já influenciou a irmã, Ana Dantas, que também tem produzido peças de larga procura, pela singeleza de traços e sabor popular características das duas jovens artistas.

Ladeira do Sol.

CASCUDO

O papa e a meca da cultura norte-rio-grandense é São Luís da Câmara Cascudo e sua velha casa residencial.

Cascudo, aos 76 anos, já escreveu mais de cento e vinte livros e estudos, destacando-se como etnólogo, historiador, ensaísta, orador e conferencista. Professor universitário, hoje aposentado, tem horário certo para receber visitantes de todo o País, que o procuram para consultas, ou simplesmente conhecê-lo em pessoa.

Já teve mil convites para candidatar-se à Academia Brasileira de Letras, mas resiste heroicamente, alegando deficiência de audição e o incómodo das viagens ao Rio de Janeiro. E Cascudo é um caso raro no Brasil de escritor que se fixou na Província, realizando obra irável sob todos os aspectos, razão por que recebeu de Afrânio Peixoto, faz tempo, o epíteto de “provinciano incurável”!

Luís da Câmara Cascudo

Sua residência, à Av. Junqueira Aires, destaca-se pela enorme biblioteca, acumulada em mais de 50 anos de atividades, além de obras de arte que foi adquirindo e recebendo dos principais artistas brasileiros e alguns estrangeiros.

Pessoalmente, Cascudo é um encanto e um demônio. Encanto pela simpatia envolvente com que sabe receber e conversar sobre todos os assuntos. Demônio de verve, graça, anedotas de toda natureza. Por isso, visitar Natal e não ver Cascudo, diz-se, é ir à Roma e não ver o Papa.

TURISMO

Nos últimos anos, o Governo do Estado e a Prefeitura de Natal criaram órgãos para desenvolvimento do turismo na cidade Já estão sendo restauradas velhas construções estando em andamento o aproveitamento de logradouros e recantos pitorescos.

Praça Kennedy, no centro de Natal, antiga Praça das Cocadas.

A infraestrutura já foi iniciada com a construção do Hotel Internacional dos Reis Magos, na Praia do Meio, Hotel Samburá, no centro da cidade. Há outros hotéis de categoria em construção e em projeto, como o que o grupo “Quatro Rodas” está construindo em Ponta Negra.

O artesanato (palha e madeira) e a arte popular norte-rio-grandense já podem ser adquiridos em casas especializadas, a preços módicos. Os apreciadores das danças populares podem deliciar-se com uma visita à Sociedade Araruna de Danças Antigas, nas Rocas, ou como o Conjunto “Asa Branca”, para conhecer o bambelô e o nosso coco de roda, sobrevivência negra na nossa cultura.

A simplicidade das antigas barracas da Praia de ponta Negra.

As casas de culto de umbanda, em vários pontos, também atraem os curiosos por conhecerem as peculiaridades da religião afro-brasileira. A maior festa popular da cidade ainda é a dos Reis Magos, a 6 de janeiro, em frente à capela do mesmo nome, nas Rocas. Os apreciadores do folclore poderão irar o nosso Fandango (Nau Catarineta), os Congos, Pastoris, Lapinhas, Cheganças e outros folguedos que se exibem em palanque armado pela Prefeitura, em praça pública. Também podem bebericar e comer doces e comidas típicas nas barracas cobertas de palha, em torno da praça. São dois dias de festas consecutivos.

No Parque “Aristófanes Fernandes”, em Parnamirim, vez por outra, o visitante pode apreciar um dos espetáculos de competição esportiva mais violentos: A Vaquejada, consiste na derrubada do gado pela cauda. Grandes vaqueiros de todo o Nordeste ali sempre se encontram e os norte-rio-grandenses são os campeões absolutos desse esporte tradicional.

Foguete do tipo Sonda sendo lançado da Barreira do Inferno.

Na Barreira do Inferno, um pouco além de Ponta Negra, está localizado o campo de lançamento de foguetes da Aeronáutica, a primeira estação espacial brasileira. Além disso, foram desenvolvidos importantes projetos de exploração do espaço, inclusive com a cooperação de cientistas europeus e norte-americanos. A direção da Estação de Barreira do Inferno permite visitas às suas instalações, uma vez por semana.

*Veríssimo de Melo (9 de julho de 1921 — 18 de agosto de 1996) foi advogado, juiz, professor de Etnografia do Brasil da Faculdade de Filosofia de Natal e de Antropologia Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, além de jornalista.

Compartilhe isso:

  • Compartilhar
  • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook
  • Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir
  • Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela) E-mail
  • Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+
  • Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn
Curtir Carregando...
Brasil, História do Nordeste do Brasil, História do Rio Grande do Norte, Nordeste, Turismo Potiguar, Viagens1597, 1599, 1868. Guarnição Militar de Natal, 6 de janeiro de 1598, Academia Brasileira de Letras, Academia Norte-rio-grandense de Letras, Adivinhas, Afrânio Peixoto, alemães, Algodão de fibra longa, América do Sul, ANTROPOLOGIA, Antropologia Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Arquitetura colonial, Arquitetura moderna, Atlântico, Autos e bailados, Avenida Junqueira Aires, África, Índio, Bairro das Rocas. Restaurante da Rampa, Banco do Brasil, Bar Brisa del Mare, Barreira do Inferno, Base, Base aérea, Brasil, Brasileira, Brisa, Canguaretama, Cantigas de roda, Cantigas de viola, Capela, Capital potiguar, Carne Assada do Lira, Casa da Câmara e Cadeia, Casa de Hóspedes de Ponta Negra, Castelão, Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno, Cheganças, Cidade do Natal, Cidade dos Reis Magos, cinema, CLFBI – Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno, Conferencista, Congos, Conservação, Construção militar, Contos populares, Coqueiros, Corsários ses, Costa da África, Cruzeiro, Cultura, DORIAN GRAY CALDAS, Edifícios públicos, Engenhos de açúcar, Ensaísta, Escola de Música da UFRN, Escravos africanos, espanhóis, Estados Unidos, Etnólogo, Etnografia do Brasil da Faculdade de Filosofia de Natal, Europa, Fachada barroca, Fandango, Ferreira Itajubá, Festa dos Reis Magos, Filadélfia, Flamengos, folclore, Folclore natalense, Folguedos, Fortaleza dos Reis Magos, Fortaleza Voadora, FORTE DOS REIS, Forte dos Reis Magos, Fundação José Augusto, Genipabu, geologia, Glorinha Oliveira, Grande Guerra, Herança portuguesa, História do Rio Grande do Norte, Historiador, holandeses, Hotel Internacional dos Reis Magos, Hotel Samburá, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Igreja de Santo António, Importância Estratégica, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Interior mineiro, Iphan, ITALIANOS, Jangada, japoneses, Jerônimo de Albuquerque, João Rodrigues Colaço, JORNAIS, jornalista, Lapinhas, laponi Araújo, Lindas praias, Luís da Câmara Cascudo, Lusos, Manoel Mascarenhas Homem, Manxa, Mar, Maranhão, Maranhense, Maria do Santíssimo, Matriz, Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, Mediterrâneo, Miami Beach, Minérios, Monumento arquitetônico, Morros do Careca, Museu Câmara Cascudo, Museu histórico e artístico, NATAL, Natal-RN, Natalenses, Nau Catarineta, Negro, Newton Navarro, Nordeste, Nordeste brasileiro, Norte-americanos, Norte-rio-grandense, Oficiais da Aeronáutica, Orador, Padroeira da cidade, Palácio do Governo, Paleontologia, Parnamirim, Parque Aristófanes Fernandes, Pastoris, Pau-brasil, pecuária, Peixada da Comadre, Pernambuco, Pipa, Poço do Dentão, Poetas, População, Portugal, Português, portugueses, praia da Redinha, Praia de Areia Preta, Praia de Genipabu, Praia de Pirangi, Praia de Ponta Negra, Praia do Forte, Praia do Meio, Praias, Prédio colonial, Professor universitário, Provérbios, Rádio, Recife, Residências particulares, Restaurante Casa Grande, Restaurante O Brazeiro, Restaurante ão, Restaurante Saravá, Revistas, Rio de Janeiro, RIO GRANDE DO NORTE, Rio Potengi, Romances, Rua da Conceição, Salvador, São Luiz, Século XVIII, Sírio-libaneses, Seridó, Sobradinho colonial, Sociedade Araruna de Danças Antigas, Sul do Brasil, Superstições, Temperatura, Tradição portuguesa, Trampolim da Vitória, Tropical, Turismo, Turismo do Estado do Rio Grande do Norte – SETUR, Turismo Potiguar, Turismo Rio Grande do Norte, TV Universitária, VERÍSSIMO DE MELO, Vila Flor, Visitação, Xico Santeiro

EMAIL – [email protected] / CELULAR e WHATSAPP – 84 99203 6303

TOK DE HISTÓRIA – VALORIZANDO A DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO HISTÓRICA

PESQUISE NO TOK DE HISTÓRIA

TEXTOS RECENTES

  • VIA COSTEIRA: A GRANDE TRAMOIA CONTRA NATAL 08/06/2025
  • SÍTIO ARQUEOLÓGICO SERROTE DO LETREIRO – A PARAÍBA QUE ENCANTA O MUNDO DA ARQUEOLOGIA 22/05/2025
  • OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS 17/05/2025
  • VENHA PARTICIPAR DA I CAMINHADA ESPAÇOS SAGRADOS DO ALECRIM 16/05/2025
  • LANÇAMENTO DE LIVRO INÉDITO DE CÂMARA CASCUDO 14/05/2025
  • É FATO QUE O EXÉRCITO BRASILEIRO PRODUZIU UM MATERIAL COM FOTOS E FILMES SOBRE NATAL E A BASE DE PARNAMIRIM DURANTE A SEGUNDA GUERRA? E ONDE SE ENCONTRA ESSE RARO MATERIAL? 10/05/2025
  • CENTENÁRIO DE JOSÉ ALEXANDRE GARCIA 04/05/2025
  • A VISITA DO “AÇOUGUEIRO” ARTHUR HARRIS A NATAL E AO BRASIL 01/05/2025
  • O PREÇO DA GUERRA 01/05/2025
  • PRÁTICAS ANTIGAS DE HIGIENE QUE SÃO EXATAMENTE O OPOSTO DE LIMPEZA 26/04/2025
  • 1923 – UM CONCORRIDO CONCERTO NO TEATRO ALBERTO MARANHÃO 13/04/2025
  • O ADO DA ESCRAVIDÃO HOLANDESA NO NORDESTE DO BRASIL POR VOLTA DE 1630 10/04/2025
  • APROVEITE A GUERRA ENQUANTO PODE, PORQUE A PAZ SERÁ TERRÍVEL – A MOTIVAÇÃO E A RESISTÊNCIA DO SOLDADO ALEMÃO NO FINAL DA SEGUNDA GUERRA 03/04/2025
  • MONTE DAS TABOCAS – O COMEÇO DA DERROTA DOS HOLANDESES NO BRASIL 28/03/2025
  • O MOSQUITO ANOPHELES GAMBIAE – COMO O BRASIL ABATEU UM INVASOR 23/03/2025
  • O BANCO DA BOTICA – MEMÓRIAS DAS ANTIGAS FARMÁCIAS DO SERTÃO 08/02/2025
  • QUEM ARRANCOU A BOTIJA DE JOÃO CAPUXU? 20/01/2025
  • ÍTALO BALBO – O VOO ÉPICO E O BANHO DE MAR DO PILOTO ITALIANO EM NATAL 02/01/2025
  • HISTÓRIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE – PARTE 2 – OS COMBATENTES 29/12/2024
  • HISTÓRIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE – PARTE 1 – AS LUTAS 25/12/2024
  • JORGE FERNANDES – POETA E DRAMATURGO 22/12/2024
  • 1738, ACARI – A CONSTRUCÃO DA CAPELA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E A PARTICIPAÇÃO DO SARGENTO MOR MANUEL ESTEVES DE ANDRADE NA SUA EDIFICAÇÃO 18/12/2024
  • OS VELHOS CAMINHOS DO RIO GRANDE DO NORTE 14/12/2024
  • HENRY FONDA EM NATAL – O DIA EM QUE O ASTRO DO CINEMA NORTE-AMERICANO, PAI DE PETER E JANE FONDA, OU PELA CAPITAL DO RN 02/11/2024
  • FIGURAS DO SERIDÓ – O DOUTOR PIRES, O PRIMEIRO MÉDICO DE CAICÓ E QUANDO E AONDE ELE SE FORMOU? 09/10/2024
  • LINDBERGH E O PRIMEIRO VOO SOLITÁRIO ATRAVÉS DO OCEANO ATLÂNTICO 30/09/2024
  • 100 ANOS DO INÍCIO DO MITO DO PÉ GRANDE 22/09/2024
  • 1972 – O QUE FOI O PACTO DE HONRA NA GUERRA DAS FAMÍLIAS ALENCAR E SAMPAIO DE EXU, PERNAMBUCO, FIRMADO NO BATALHÃO DE INFANTARIA DE GARANHUNS? 14/09/2024
  • CAICÓ DOS PRIMEIROS TEMPOS 06/09/2024
  • MOEDAS BRASIL 01/09/2024
  • MARTA MARIA DE MEDEIROS, A PRIMEIRA ELEITORA DO SERIDÓ 28/08/2024
  • SERIDÓ – A REGIÃO DA FÉ E DAS TRADIÇÕES 27/08/2024
  • A EMA, SÍMBOLO HISTÓRICO DO RIO GRANDE DO NORTE COLONIAL 25/08/2024
  • O QUE MUDOU EM QUASE 70 ANOS SOBRE A PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA DO PERÍODO DA AVIAÇÃO CLÁSSICA E DA II GUERRA EM NATAL? 09/08/2024
  • GUERRA EM NOME DE DEUS – A PRIMEIRA CRUZADA E O CERCO A JERUSALÉM 27/05/2024

ARQUIVOS TOK DE HISTÓRIA

Estatísticas do blog

  • 8.259.857 VISITANTES
Follow TOK de HISTÓRIA – ROSTAND MEDEIROS on WordPress.com

TRANSLATE

ENVIE SUA OPINIÃO, SUA CRÍTICA, PARTICIPE!

Avatar de Tim SheppardTim Sheppard em SÍTIO ARQUEOLÓGICO SERROTE DO…
Avatar de Margarida CastroMargarida Castro em O PREÇO DA GUERRA
Avatar de ReniraRenira em DOS FUNDADORES DO SERIDÓ …
Avatar de pompilio alvaro da silvapompilio alvaro da s… em ÂNGELO ROQUE – A REGENERAÇÃO D…
Avatar de TOK DE HISTÓRIATOK DE HISTÓRIA em O BANCO DA BOTICA – MEMÓRIAS D…
Avatar de Hélio de AraújoHélio de Araújo em O BANCO DA BOTICA – MEMÓRIAS D…
Avatar de Angela GuimarãesAngela Guimarães em BENTO QUIRINO, A VIOLÊNCIA NO…
Avatar de TOK DE HISTÓRIATOK DE HISTÓRIA em 1972 – O QUE FOI O PACTO DE HO…
Avatar de TOK DE HISTÓRIATOK DE HISTÓRIA em A PITORESCA HISTÓRIA DE UM POT…
Avatar de Gabriel HenriqueGabriel Henrique em A PITORESCA HISTÓRIA DE UM POT…
Avatar de John AyresJohn Ayres em 1972 – O QUE FOI O PACTO DE HO…
Avatar de TOK DE HISTÓRIATOK DE HISTÓRIA em HISTÓRIA MILITAR DO RIO GRANDE…
Avatar de TOK DE HISTÓRIATOK DE HISTÓRIA em HISTÓRIA MILITAR DO RIO GRANDE…
Avatar de Tim SheppardTim Sheppard em HISTÓRIA MILITAR DO RIO GRANDE…
Avatar de MARCIO LIMA DA SILVAMARCIO LIMA DA SILVA em SOBRENOMES DE JUDEUS EXPULSOS…

TAGS

13 de junho de 1927 17º GAC 17º Grupamento de Artilharia de Campanha 1918 1922 1927 1927 Mossoró 1928 1930 1942 1943 1944 1964 Acari Adolf Hitler Aeroplano Afogados da Ingazeira Afrika Korps Alagoas Alecrim Alemanha Alemanha Nazista Alemanha Ocidental alemães Alemão Algodão Aliados Americanos em Natal América do Sul América F.C. América Latina Antônio Conselheiro Antônio Silvino A Ordem Apodi A República Argentina Argos Ariano Suassuna ARTURO FERRARIN ASAS ALEMÃS SOBRE O RIO POTENGI Atlântico Sul Augusto Severo Aviação brasileira Aviação comercial Aviação histórica Avião Bahia Barra de Cunhaú Base de Parnamirim BBC Belém Benito Mussolini Berlim Biplano Bolama Brasil Brasil Colonial Brasil Colônia Brasil Império Brasil na Segunda Guerra Breguet Buenos Aires Bélgica Cabedelo Cabo Verde CAICÓ Cais da Tavares de Lira Califórnia Campina Grande Campo de Parnamirim Cangaceirismo Cangaceiro Cangaceiro Jararaca Cangaceiro Lampião Cangaceiros Cangaço Canguaretama Capital do Oeste Capital potiguar Capitão Newton Braga Caraúbas Caribe CARLO DEL PRETE CEARÁ Ceará-Mirim Cemitério do Alecrim Charles Lindbergh Chile China Cidade Alta Colonização Comandante José Maria Magalhaes Almeida Conde de Saint-Roman CONSULADO AMERICANO EM NATAL Cotidiano Cristianismo Cristóvão Colombo Cultura Currais Novos Câmara Cascudo Dakhla Dely Dia D Dinamarca Ditadura Militar Diário de Natal Diário de Pernambuco Dom João VI Dom Pedro II Dornier DO J Wall Düsseldorf Eduardo Oliviero Eixo Elmas Ernst Luck ESCRAVOS Escócia Espanha Estados Unidos Euclides da Cunha Euclides Pinto Martins Europa Exército Exército Brasileiro Exército dos Estados Unidos FAB Farman F.60 Goliath Fayard FEB Fernando de Noronha Flórida Fogo da Caiçara FORTALEZA Fortaleza dos Reis Magos Força Aérea Alemã Força Aérea Brasileira Força Aérea Brasileira (FAB) Força Expedicionária Brasileira Forças Armadas sco De Pinedo Francês Franklin Delano Roosevelt Frank McCann França Frederico Pernambucano de Mello Fritz Hammer Gago Coutinho Getúlio Dorneles Vargas Getúlio Vargas Giovanni Battista Caproni Governador Dix-Sept-Rosado Governo Brasileiro Grande Hotel Grã-Bretanha Guerra Guerra de Canudos Guerra do Paraguai GUGLIELMO LETTIERI Guine Bissau Halifax Hidroavião Hidroaviões HISTÒRIA História da Aviação no Rio Grande do Norte História do Nordeste História do Rio Grande do Norte HITLER Holanda holandeses Holandeses no Brasil Hollywood Holocausto Iate Clube de Natal Idade Média Igreja Católica Império Britânico Império do Brasil Império Romano Inglaterra ingleses INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE – IHGRN Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte Ira Clarence Eaker Israel ITALIANOS Itália Itália Fascista Jahu Japão Jararaca Jaú Jerusalém Jesus cristo Jorge de Castilho Jornal A República jornalista José Manuel Sarmento de Beires João Negrão João Pessoa João Ribeiro de Barros Judaísmo Judeus Juvenal Lamartine Kiel LAMPIÃO Lampião no Rio Grande do Norte Lancaster Latecoère Lisboa Literatura de Cordel LIVRO Loening OV-1 Londres Lufthansa Luftwaffe Lugares de Memória Lugares de Memória – Edificações e estruturas históricas utilizadas em Natal durante a Segunda Guerra Mundial LUÍS DA CÂMARA CASCUDO Luís da Câmara Cascudo Macau Major Herbert Arthur Dargue Manoel Machado Manuel Gouveia Maranhão MARCELINO VIEIRA Maria Bonita Marinha Marinha do Brasil Marinha dos Estados Unidos Marrocos Martins-RN Massilon Benevides Leite Massilon Leite Mato Grosso militares Minas Gerais Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte Mossoró Muir Stephen Fairchild mundo Museu da Rampa México NATAL Natal-RN Natalense Natalenses Natal na Segunda Guerra Mundial National Geographic Nazifascistas Nazismo Nazista Nazistas New York Nordeste Nordeste brasileiro Nordeste do Brasil NORDESTINOS Noruega Nova York Novo Mundo Nungesse et Coli Oceano Atlântico Oceano Pacífico Octavio Lamartine O Poti Oriente Médio Palomar Pan-American Goodwill Flight Panair Pan Am Paraguai Paraíba Paris Paris-Amérique-Latine Parnamirim Parnamirim Field Pará Patrimônio Histórico de Natal Pau dos Ferros Paul Vachet Países Baixos Pernambuco Peru Pierre Serre de Saint-Roman Plus Ultra Política Polônia Porto Alegre Portugal portugueses POTIGUAR Praia da Limpa praia da Redinha Praça André de Albuquerque Prefeitura de Natal Primeira Guerra Mundial RACISMO RAF Raids Ramon Franco Rampa Recife Refoles Regia Aeronautica Reino Unido República Ribeira Rio de Janeiro RIO GRANDE DO NORTE Rio Grande do Sul Rio Potengi Rocas Roma Rostand Medeiros Royal Navy Rússia Sabino Sacadura Cabral Saint-Louis Saint Louis du Senegal Saliente Nordestino Salvador Sampaio Correia Santa Maria Savoia-Marchetti S.55 SEBRAE-RN Seca Segunda Guerra Mundial Segunda Guerra Mundial (1939-1945) Segunda Guerra Mundial no Rio Grande do Norte Senegal Sergipe SERIDÓ Seridó Potiguar Serra Talhada sertão Sertão nordestino Sindicato Condor Submarinos Submarinos alemães São Luís do Maranhão São Paulo Século XIX Sérgio Azol Terceiro Reich Touros Trampolim da Vitória TRIBUNA DO NORTE Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte Triunfo Turismo Turquia UFRN United States Army Air Force Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN União Soviética Uruguai USAAF USAAF –United States Army Air Force US Navy U S Navy Vasco Cinquini Victale Zachetti Virgulino Ferreira da Silva Walter Hinton Washington Winchester Winston Churchill África África Ocidental África Ocidental sa Ásia Áustria Ítalo Balbo

CATEGORIAS

Member of The Internet Defense League

Blog no WordPress.com.
  • Assinado
    • TOK de HISTÓRIA - ROSTAND MEDEIROS
    • Junte-se a 822 outros s
    • Já tem uma conta do WordPress.com? Faça agora.
  • Privacidade
    • TOK de HISTÓRIA - ROSTAND MEDEIROS
    • Assinado
    • Registre-se
    • Fazer
    • Denunciar este conteúdo
    • Visualizar site no Leitor
    • Gerenciar s
    • Esconder esta barra
 

Carregando comentários...
 

    %d